sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tiririca é escolhido para integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara

Daniel Biasetto e Juliana Castro
Tiririca em foto de arquivo - Marcos Alves
RIO - O deputado federal Tiririca (PR-SP) foi escolhido para integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pelo líder do PR na Casa, Lincoln Portela (MG). A indicação será oficializada na manhã de quarta-feira, quando será eleito o presidente da comissão.
Segundo informações da assessoria de imprensa do humorista, foi ele próprio quem pediu para integrar a comissão como membro permanente. Tiririca também pediu para participar da Comissão de Turismo e Desporto, como suplente. O ex-jogador Romário (PSB-RJ) será o vice-presidente desta.
- Ele foi indicado pelo fato se ser um humorista de êxito no Brasil. Evidentemente que esperamos que ele tenha ideias principalmente na área de cultura. Se ele não fosse a personalidade que é e não tivesse a tremenda audiência junto aos eleitores, ele não seria escolhido. É claro que esperamos as ideias sem apelações. Ele mostrou que é um homem gabaritado, uma pessoa alegre e um ótimo interlocutor junto à sociedade - disse o líder.
Ele mostrou que é um homem gabaritado, uma pessoa alegre e um ótimo interlocutor junto à sociedade
Durante a campanha, a revista "Época" publicou uma reportagem em que falava das suspeitas de que Tiririca seria analfabeto. Em mais de uma ocasião, a publicação pediu ao então candidato que lesse um texto, o que foi feito por assessores dele. A revista também ouviu pessoas próximas do artista que disseram que ele seria analfabeto. Depois da denúncia, Tiririca teve que fazer um teste para provar que sabia ler e escrever.
Estreia de Tiririca na tribuna da Câmara dos Deputados será dia 28
A estreia de Tiririca na Tribuna da Câmara deve acontecer dia 28, antes de ele ser oficializado na comissão. O comediante foi o deputado federal mais votado do Brasil , com cerca de 1,3 milhão de votos.
Em entrevista para a Agência Câmara, que conversou com os 27 parlamentares mais votados da Casa, Tiririca afirmou que, além de trazer para o Congresso propostas dos seus eleitores, vai trabalhar na defesa dos animais e de atividades ligadas ao mundo do circo.
O parlamentar já foi vendedor de algodão doce e picolé e trabalhou no circo como equilibrista, malabarista, mágico e palhaço.

Fonte: O Globo

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Com ‘Lei Tiririca’, começa reforma política ‘possível’

Adoção de sistema majoritário para eleição de deputados, pondo fim aos puxadores de votos, faz parte da restrita pauta em debate
Marcelo de Moraes, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A proposta de reforma política que começa a ser debatida no Congresso, a partir de terça-feira, deve aprovar uma mudança radical na eleição de deputados. Há uma grande chance de os partidos condenarem à morte o atual sistema proporcional, baseado em coeficiente eleitoral. No lugar entraria o voto majoritário simples. Traduzindo: quem tem mais votos é eleito.
Celso Junior/AE
Celso Junior/AE
O 1,3 milhão de votos de Tiririca elegeu deputado que ficou atrás de 10 candidatos
Hoje, as vagas são distribuídas conforme o número de votos recebidos pela legenda ou coligação. Levando em conta esse resultado, o partido tem direito a um número de eleitos, mesmo que alguns tenham menos votos que outros candidatos.
A mudança tornará inútil a figura do candidato puxador de votos, geralmente representado por algum político importante ou por celebridades. Tanto que a proposta do voto majoritário simples foi, ironicamente, apelidada de "Lei Tiririca" - ela impedirá justamente a repetição do fenômeno provocado pela eleição do palhaço, deputado pelo PR de São Paulo.
Tiririca teve 1,35 milhão de votos e ajudou a eleger candidatos bem menos votados, como Vanderlei Siraque (PT-SP), que somou 93 mil votos, menos que outros dez candidatos não eleitos.
Em eleições passadas, outros puxadores levaram a Brasília uma bancada de candidatos nanicos, como Enéas Carneiro e Clodovil Hernandez, ambos já falecidos e campeões de votos em 2002 e 2006, respectivamente. Há nove anos, Enéas foi escolhido por 1,5 milhão de eleitores e puxou mais quatro deputados, incluindo Vanderlei Assis de Souza, com ínfimos 275 votos.
"É um pouco chocante. Alguém que teve 128 mil votos não pode decidir em nome do povo, e quem teve 275 votos pode", diz o vice-presidente Michel Temer (PMDB), defensor do voto majoritário simples. "Os partidos não vão mais buscar nomes que possam trazer muitos votos, nem vão procurar um grande número de candidatos para fazer 2,3 mil votos ou menos, só para engordar o coeficiente eleitoral."
Se aprovada, a "Lei Tiririca" vai gerar um imediato efeito colateral: tornará inúteis as coligações partidárias nas eleições proporcionais. Hoje, os partidos se aliam para formar chapas para somar forças e produzir um alto coeficiente. Na nova regra, uma aliança partidária não produz qualquer efeito.
Unificação. Outra mudança em debate é a unificação das eleições e a coincidência de mandatos. A proposta é de consenso difícil, mas tem alguma chance de ser aprovada se entrar em vigor para eleições futuras, sem afetar os direitos de quem tem mandato e pode se reeleger.
Se houver consenso, os próximos prefeitos e vereadores serão eleitos em 2012 para mandato de dois ou de seis anos. No primeiro caso, menos provável, as eleições unificadas ocorreriam já em 2014. Se for um mandato de seis anos, a unificação ficaria para 2018.
Apesar da complexidade da proposta e do lado pouco prático - criaria uma supereleição em um único dia -, a ideia da reforma política, desta vez, é que ela não cometa o erro de sempre: uma debate inchado de propostas que, apesar de defendida como prioritária por todos os políticos, sempre acaba patinando. Pior: alterações significativas, como fidelidade partidária, verticalização das alianças e seu fim, acabaram sendo decididas por ordem do Poder Judiciário.
Por isso, veteranos do debate acreditam que a reforma só tem chance de passar se for restrita a poucos pontos. Em 2009, o Senado aprovou um texto que a Câmara ignorou, por não ter sido negociado em comum acordo. "Se vierem poucos pontos, pode sair. Caso contrário, não", diz o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), principal líder político do partido que, no passado, ajudou a derrubar o projeto que criava a cláusula de barreira para legendas que não somassem 5% do total de votos para a Câmara Federal, o que praticamente inviabilizaria a atividade desses partidos.
Em debate
Michel Temer
Vice-presidente da República e defensor do fim do sistema proporcional
"O partido vai verificar quem tem condições de um desempenho político e eleitoral adequado e vai levá-los à candidatura"
"Você não pode fazer reformas políticas quilométricas, como tem sido proposto. Daí, não avança"
Valdemar Costa Neto
Deputado (PR-SP)e principal articulador do partido
"Se vierem poucos pontos, pode sair. Caso contrário, não"

Do ESTADÃO.COM.BR

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tiririca vota contra o governo, mas assessoria diz que ele se confundiu

Eduardo Bresciani
Em sua primeira votação nominal como deputado federal, Tiririca (PR-SP) votou contra o governo mesmo depois de ter anunciado que acompanharia a orientação do partido de aprovar o mínimo de R$545 e rejeitar as propostas maiores, de R$ 560 e R$ 600.
Na lista de votação da proposta do mínimo de R$ 600 o voto do deputado aparece como favorável à proposta. Sua assessoria, porém, disse ao Estado que o deputado se confundiu e que ele desejava ter votado de outra forma.
Além de Tiririca, outros sete deputados da base aliada votaram com a proposta de R$ 600, defendida pelo PSDB. Entre os tucanos também houve “traição”. Dois deputados do PSDB votaram contra a proposta.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tiririca: "Estou meio perdidão"


Nenhuma surpresa na estreia do palhaço-deputado na Câmara: ele assinou documento sem saber o que era e decorou gabinete com um chocalho de cabra

Luciana Marques
O comediante e deputado federal Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, participa da cerimônia de posse do novo Congresso Nacional, em Brasília
O comediante e deputado federal Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, participa da cerimônia de posse do novo Congresso Nacional, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
"O que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto". Esse era um dos motes do então candidato Tiririca, durante a campanha eleitoral de 2010. Passada a primeira semana na Câmara dos Deputados, Francisco Everardo Oliveira Silva (PR/SP), ainda não sabe explicar a seus 1,3 milhão de eleitores o trabalho que terá de desempenhar no legislativo. Nos dias de estreia, o ato mais significativo do deputado mais votado do Brasil foi assinar o pedido de abertura da CPI do DPVAT (destinada a investigar denúncias de irregularidades no seguro obrigatório de veículos automotores). Ele não se recorda do teor do documento. Assinou porque outros estavam assinando, afirma.

O deputado Tiririca falou ao site de VEJA enquanto voava de Brasília para São Paulo. Ele não precisou apresentar documento de identidade ao embarcar. “Já o conheço”, afirmou o comissário de bordo. A conversa foi interrompida algumas vezes por sua esposa, Nana Magalhães, que procurava... lapidar suas repostas:

O senhor já descobriu o que faz um deputado federal? Ainda não. Estou meio “perdidão”, chegando agora. É tudo muito novo, mas aos poucos vou me adaptar, se Deus quiser...

Mas o senhor já assinou até pedido de abertura de CPI, não? Assinei algumas coisas, mas de cabeça assim não sei dizer o que era. Foi muita coisa que a galera toda assinou, ou seja, vários deputados.

Como foi a chegada ao Congresso Nacional? Foi normal. Eu já esperava que as pessoas se aproximassem de mim, por ser o mais votado do país. Todos queriam me conhecer no gabinete, foram filas e filas de pessoas para tirar foto e desejar boa sorte. Foi bacana.

Deu muitos autógrafos? Sim, mas continua sendo só “Tiririca” mesmo. Não coloquei a palavra “deputado” na frente.

Como foi a primeira semana de trabalho? Muito legal. Fui bem recebido pelos colegas e orientado também por alguns, que me desejaram sorte. Eles tiraram fotos e mandaram recado de otimismo de suas famílias.

Que conselhos o senhor recebeu de seus pares? Para que eu ficasse tranquilo, já que há muitos outros novatos na Câmara. Acho que são mais de 200.

O senhor já conversou com outros novatos? Com o Romário, o Popó e outros lá do Maranhão e do Piauí. Eles estão igual a mim, todos meio perdidos.

O que o senhor espera para as próximas semanas? A mesma loucura e assédio que foi essa semana. Vai demorar para isso acabar, porque muita gente quer me conhecer, tocar, desejar boa sorte. Os funcionários da Câmara também me procuram muito, muito, muito. Com o tempo, vai dar para atender todos.

Em termos de trabalho, que projetos pretende apresentar? Tenho umas coisas na cabeça, mas estou estudando ainda, junto com o partido. Quando houver oportunidade, apresentarei o texto.

É possível adiantar as áreas em que se situam essas ‘coisas na cabeça’? Educação e também cultura, que tem tudo a ver com a minha cara. Vai sair algo legal por esse lado. Também vou incluir projetos para humoristas, atores, artistas de circo e cantores. A cultura abrange muita coisa, se Deus quiser vai dar certo.

O senhor pretende trabalhar para o fim da corrupção? Não pensei em nada disso ainda.

Como a eleição mudou a sua vida? Mudou tudo. Eu não usava terno e gravata, agora tenho que usar. Tudo é muito novo para mim.

O senhor já decorou o gabinete? As primeiras coisas que pendurei foram um chapéu de couro e um chocalhozinho para representar bem o Nordeste. Acho isso bacana.

E de onde o senhor trouxe esses objetos? Ganhei de presente do meu avô. O chocalho é de uma cabra, porque meu avô criava cabras. Ele me deu de presente quando era pequeno e guardo como um amuleto para dar sorte.

O senhor pretende seguir carreira política? Ainda não sei. Vamos ver.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mensagem ao Deputado Tiririca

Nesta data enviei a seguinte mensagem ao Deputado, utilizando o link ao lado (Correio eletrônico):
Prezado Deputado,
Tenho a satisfação de informar-lhe que, como cidadão paulista, não votei no senhor e o adotei no projeto Adote um Deputado.
Mantenho um blog com todas as informações referentes a seu mandato e, coloco-me a sua disposição para qualquer informação que achar relevante.
Conheça o blog: http://cuidandodotiririca.blogspot.com/
Aproveito a oportunidade para desejar-lhe um bom trabalho legislativo e não esqueça daqueles que o elegeram!
Atenciosamente.
Alecir Macedo
Adote um Deputado
Agora é aguardar uma manifestação do nobre Deputado!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Estrela na posse, Tiririca diz que já esperava o assédio

EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado


O deputado Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, foi o mais assediado na posse dos deputados federais, hoje, na Câmara. Quase uma hora após o encerramento da sessão, o agora parlamentar ainda mantinha o sorriso para tirar dezenas de fotos com fãs presentes na cerimônia. Seguranças da Câmara foram chamados para ajudar Tiririca a deixar o plenário da Casa. Sua assessoria pediu a ajuda porque o deputado foi operado na semana passada e ainda necessita de cuidados com a saúde.

Questionado se estava surpreso com o assédio no centro do poder, o deputado deixou a modéstia de lado: "Com sinceridade, eu já esperava. Pelo trabalho artístico que a gente tem feito, já era esperado isso". Apresentado logo de chegada a uma sessão lotada e com discursos, o parlamentar afirmou que "não é chato" o ambiente e que "dá para aguentar os quatro anos de mandato". Tiririca foi o deputado mais votado nas eleições de outubro do ano passado. Ele recebeu mais de 1,3 milhão de votos no Estado de São Paulo.

Do ESTADÃO.COM.BR